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5 estratégias para lidar com a negligência emocional dos pais

Os pais emocionalmente negligentes falham em fazer com que os filhos se sintam vistos, sentidos e ouvidos, o que resulta numa necessidade de atenção, validação e apoio, mesmo na idade adulta. Embora tais necessidades sejam razoáveis, a insistência dos filhos adultos dos pais emocionalmente negligentes de que as satisfaçam perpetua a infelicidade e o desapontamento. Se esse comportamento lhe parece familiar, elenca-se 5 estratégias para lidar com a negligência emocional dos pais para ajudá-lo a sair desse ciclo:

5 estratégias para lidar com a negligência emocional dos pais
Se se sente inadequada para compartilhar os sentimentos com os pais, isso significa que não são aptos para dar-lhe o apoio emocional que procura

1- Acabe com a fantasia da família ideal: apesar de termos sido condicionados a acreditar que a família é a primeira e mais confiável ​​fonte de segurança, amor e apoio, isso é uma fantasia. Embora alguns se sintam seguros e acolhidos ao se conectarem emocionalmente com os pais, outros se sentem ignorados pelos pais egocêntricos e emocionalmente imaturos, o que tem um impacto negativo no seu desenvolvimento emocional. Se cresceu em um ambiente de negligência emocional, manter viva a fantasia da família ideal e a esperança que um dia os pais irão mudar e honrar como se sente é infrutífero.

2- Obtenha o apoio que necessita de pessoas emocionalmente maduras: se se sente invisível, insignificante ou inadequado para compartilhar os sentimentos com os pais, isso significa que não são aptos para dar-lhe o apoio emocional que procura. Quando os sentimentos de esperança tentarem convencê-lo do contrário, não os alimente, fale com um amigo emocionalmente maduro ou, se não possuir um, contrate uma terapeuta.

3- Limites, limites, limites: o que acontece com os seus pais não tem nada a ver com você, na maioria das vezes. A falta de interesse deles por você não significa que seja desinteressante, assim como a dificuldade de se conectarem emocionalmente começou antes do seu nascimento.Portanto, crie um limite bem sólido entre você e eles, permanecendo no próprio corpo e não alimente a narrativa de que é a razão de seu comportamento emocionalmente negligente.

4- Pratique o amor-próprio: como um adulto maduro, você não depende dos pais para se sentir digno de amor, competente e bom o suficiente. Você pode satisfazer essas necessidades através de relacionamentos com coisas e pessoas fora do seu círculo familiar, como amigos, parceiros amorosos, animais de estimação, colegas, vizinhos e até com pessoas aleatórias que lhe demonstram amor, consideração e respeito. Uma rica vida espiritual ou crenças que o ajudam a cultivar a sensação de fazer parte de algo maior do que si próprio também o conferem uma sensação de pertencimento e segurança interior.

5- Pratique a maturidade emocional: quebre o hábito de depender de fatores externos para se sentir melhor consigo próprio e passe a honrar as emoções de forma autônoma. Para lidar com a raiva e a tristeza que carrega como os efeitos do trauma relacional, reserve um tempo para processar a dor. Chorar quando surge a necessidade e expressar a raiva de forma criativa ou por meio de exercício ou atividade física, por exemplo, são meios saudáveis ​​de regular as emoções acumuladas no corpo.

Para aprofundar-se no tema negligência emocional parental e compreender como é vivenciada, recomendo a leitura do capítulo 5 A imaturidade e a negligência emocional das crianças grandes do meu terceiro livro Desconstruíndo a Família Disfuncional.

5 comments

  1. Diana disse:

    Admito que textos do tipo “maneiras de lidar com ….” ou ” cinco razões para ….” me desanimam, mas eu gostei de verdade do que li aqui. Eu percebi que tocou em pontos bastante sensíveis a quem veio de família disfuncional, tem mãe narcisista. Muito obrigada,

  2. JUSELLA SPÍNOLA SANTOS disse:

    Cara Michele,
    Fiquei surpresa ao ler essas 5 estratégias, pois foi exatamente o que fiz – de maneira totalmente inconsciente e por intuição – ao longo da vida. Também tive a sorte de sair de casa aos 18 para buscar minha independência e encontrar pessoas certas, nos momentos certos, nos lugares certos que, de certa forma, apoiaram e ajudaram.
    Só descobri que sou filha de M.N. há 2 anos (e aos 65 anos!!) quando a foto de uma matéria na imprensa sobre o assunto me chamou a atenção e, imediatamente, me engajei numa intensa pesquisa sobre o assunto durante 3 semanas ininterruptas. Foi aí que também encontrei seu site.
    Tenho que admitir que, apesar de todas as superações, o choque foi muito grande e a dor muito profunda.
    E ainda é.
    Felizmente tenho ferramentas para lidar com isso, mas mesmo assim, nem sempre é fácil.
    Quero muito agradecê-la pelos textos, pelos livros, pelas orientações, mas acima de tudo, pelo profissionalismo e pela empatia.
    Muito Obrigada.

  3. Ila disse:

    Bom ler e ver que estou no caminho. Limites é tarefa árdua com uma mãe narcisista. Mas tenho conseguido através da pedra cinza e terapia. E quanto mais eu pratico os métodos mais certeza eu tenho da existência do transtorno em minha mãe. Como não sou mais o mesmo suprimento de antes, ela não tem me procurado muito. As vezes é mais fácil, outras mais difíceis, acredito que depende de como estão suas emoções. Mas tudo o que passei, o que fui (codepêndencia muito acentuada) hoje estou muito mais próxima de mim, graças a Deus e a vocês que prestam este serviço.
    Obrigada por tudo !

  4. Valéria disse:

    Cara Michele, não sei como agradecer seu livro “Prisioneiras do espelho”. Estou devorando no Kindle, e a cada página aumenta a sensação de que ele foi escrito para mim e minha irmã, grande cúmplice de sofrimento nessa tortuosa experiência de ter uma mãe tóxica narcisista. Acredite ou não, tenho 49 anos, faço análise há 8 anos, mas nunca tinha me deparado com a expressão “mãe narcisista”. Ouvi o termo aleatoriamente há pouco tempo e imediatamente me enveredei a pesquisar a tema. Já nas primeiras páginas do seu livro, todas as fichas começaram a cair de forma absurda e todos os sentimento e sintomas que trabalho em terapia há anos foram validados. Saber que se trata de um transtorno psicológico estudado pela psicologia e que existe um mundo de mulheres que passa por isso, traz um conforto enorme, nos mostra que então não estamos sós, não estávamos loucas e faz pensar que existe vida após uma mãe narcisista. Muito obrigada por escrever esse material Michele. Fez toda a diferença na minha vida e seguramente fará na vida da minha filha. Um abraço enorme!

  5. Valéria disse:

    Michele, não sei como agradecer seu livro “Prisioneiras do espelho”. Estou devorando no Kindle, e a cada página aumenta a sensação de que ele foi escrito para mim e minha irmã, grande cúmplice de sofrimento nessa tortuosa experiência de ter uma mãe tóxica. Acredite ou não, tenho 49 anos, faço análise há 8 anos, mas nunca tinha me deparado com a expressão “mãe narcisista”. Ouvi o termo aleatoriamente há pouco tempo e imediatamente me enveredei a pesquisar. Já nas primeiras páginas do seu livro, todas as fichas começaram a cair de forma absurda e todos os sentimento e sintomas que trabalho em terapia há anos foram validados. Saber que se trata de um transtorno estudado pela psicologia e que existe um mundo de mulheres que passa por isso, traz um conforto enorme, nos mostra que então não estamos sós, não estávamos loucas e faz pensar que existe vida após uma mãe narcisista. Muito obrigada por escrever esse material Michele. Fez toda a diferença na minha vida e seguramente fará na vida da minha filha. Um abraço enorme!

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