Como se proteger dos relacionamentos tóxicos: identificando a sua criptonita
Os relacionamentos que a pessoa é exposta ao longo de seu desenvolvimento funcionam como uma referência para os futuramente criados e mantidos fora do ambiente familiar, como explico no meu livro Desconstruíndo a família disfuncional. Desta forma, se você provém de uma família disfuncional ou tóxica, é fundamental que se conscientize disto caso deseje relacionar-se de forma saudável. A maioria dos filhos e filhas de mães narcisistas/tóxicas/abusivas tende a sofrer de baixa autoestima, dependência emocional e codependência, sentem-se forçados a agradar, gostar e até tolerar a companhia das outras pessoas com quem não tenham afinidade. Isso se deve, muitas vezes, ao fato de se acreditarem menos interessantes e considerarem o outro melhor e, portanto, merecedor de atenção, tempo e consideração até quando não os favorecem.

A maneira de se proteger de influências negativas ao bem-estar e crescimento pessoal é identificar a “criptonita”. Para quem não sabe o que isso significa, a criptonita, apesar de ser um material originário do planeta nativo de Superman, personagem dos quadrinhos, causa-lhe fraqueza quando entra em contato com ela. No contexto dos relacionamentos disfuncionais e tóxicos, uso o termo como metáfora para ilustrar aquela pessoa que, quando nos vemos expostos a sua presença – com ou sem a nossa intenção – faz-nos sentir inadequados, vulneráveis, envergonhados, inseguros, pressionados, incompetentes e/ou indignos de amor e respeito. Para quem sofreu abuso, manipulação e negligência na infância, a criptonita tende a ser aquela pessoa que funciona como um gatilho de traumas passados. Isto afeta a vítima de maneira automática inconsciente, fazendo-a sentir como uma criança desprotegida que deve diminuir-se perante o outro para não ser agredida, por exemplo, ou por se sentir responsável pelo bem-estar do outro para ser aceita e sentir-se segura.
Há muitos exemplos de criptonitas que ativam as reações emocionalmente imaturas nos filhos e filhas de mães narcisistas/tóxicas/abusivas, como as figuras de autoridade que têm o hábito de subjugar, manipular e praticar o bullying; indivíduos controladores, com problema de raiva acumulada e que agem de forma agressiva ou passivo-agressiva; pessoas que se encontram presas à vitimização e, portanto, projetam a responsabilidade de melhorar as condições próprias no outro; filhos e filhas de famílias tóxicas que se recusam a quebrar a barreira da negação e inadequação em relação ao tratamento que recebem da própria família abusiva e, por isso, projetam a vergonha no outro (isso ocorre num esforço para manter as aparências de uma conexão emocional e afetiva inexistente); e aqueles que têm dificuldade de ouvir, acreditar e ter empatia com o próximo, entre outros.
Então, quem é a sua criptonita?
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Meus pais!
Todos que possuem algum comportamento, mania ou jeito de falar conforme aos que me ferem e feriram, eu reajo de forma extrema quando detecto. Tudo que me é imposto, tudo que me lembra algo, uma entonação qualquer, nego. Pode ser algo para o meu bem, não importa. Vindo de quem vem eu nego, faço o oposto a imposição. São sequelas, eu sei. Não devo aceitar os vômitos dessas pessoas, mas sinto que devo me proteger pois quem nunca treinou a auto proteção, falha. E tenho medo. Então sumir dessas pessoas é a melhor solução. Caso estiver presente, manter distância, não se envolver e passar uma imagem de ‘não tenho afinidade contigo’. Tenho meu pai, irmão e mãe como criptonitas (já cortei) alguns outros que hoje sei lidar por que não convivo. Não me interessam e isso fica bem claro pra eles, pela minha indiferença.
A minha mãe , um ex-namorado da adolescência e uma tia (irmã dela).
Eu consegui superar as 3 pessoas que mencionei. Mantenho contato reduzido com a minha mãe. Procure ajuda especializada e conhecimento nessa área do narcisismo materno, porque nem todo terapeuta conhece este assunto.
abraços,