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Descubra porque tem medo de confiar em si própria (e o que fazer sobre isso)

“Não é tão ruim assim!”

“Você é muito sensível”

“Eu nunca disse isso!”

“Se você tivesse me ouvido, isso não teria acontecido”

“Você não faz nada certo”

“Está bom, mas…”

Para quem cresceu ouvindo essas frases com frequência é natural que tenha medo de confiar em si própria. Este processo de perda de autoconfiança ocorre ao longo do desenvolvimento da criança proveniente de lares disfuncionais e tóxicos, pois é exposta a um estilo parental emocionalmente negligente e/ou controlador e/ou abusivo, o que compromete a sua capacidade de desenvolver um senso interno de autodireção seguro, pois afetado também pelo medo de abandono, vergonha e culpa.  

Descubra porque tem medo de confiar em si própria
Os filhos e filhas de famílias disfuncionais duvidam de si próprios e questionam o mérito das emoções, visões de mundo, necessidades e vontades

Diferente das crianças que cresceram sentindo-se vistas, ouvidas e percebidas pelos pais, aos filhos e as filhas de pais tóxicos/abusivos e/ou negligentes é negado o privilégio de terem emoções, visões de mundo, necessidades e vontades reconhecidas e validadas pelos adultos responsáveis por seus cuidados, como esclarecido no meu novo livro, Desconstruindo a Família Disfuncional. Com o tempo e a idade, aprendem a trataram-se de forma negligente, desconfiada e, até, abusiva, duvidando de si próprias e questionando o mérito de emoções, visões de mundo, necessidades e vontades, tais como fizeram-lhes os pais.

Por ter ciência deste efeito marcante do trauma complexo, quando os meus clientes recusam-se a acreditar na sabedoria dos corpos, pois reagem de forma insegurança e infantil, inclusive, autossabotadora, questiono-os, no ato, e sugiro-lhes seguirem uma filosofia simples embora bastante libertadora:

Faça de seu eu autêntico a sua religião”

O eu autêntico é aquele que floresce quando se conecta com a sua verdade (emoções, visões de mundo, necessidades e vontades), ou seja, quando os seus valores se alinham com o que pensa, como sente e age. Na prática, isso é vivenciado quando a história de abuso emocional praticado por uma mãe narcisista, por exemplo, é validada através da leitura do Prisioneiras do Espelho Quando pratica “O meu eu autêntico é a minha religião”, o sentimento de validação proveniente de tais experiências é suficiente para que corresponda à expressão da verdade. Portanto, não precisa de ninguém, além de si própria, para validar-se. Por mais que tais leituras sejam motivadoras e produtivas, a decisão de acreditar ou desacreditar em si própria sempre vem de você e, sobretudo, da coragem de se conectar e de ter fé no que sente e pensa, incondicionalmente.  

3 comments

  1. Irma+Conceição+Goularte+de+Freitas disse:

    Sempre é uma grande alegria e força para mim, o recebimento dos seus textos neste blog.
    Terminei de ler este texto e pensei. Curtinho. Relendo e focando na importância de além da leitura, ser praticante assidua o que tem tornado minha vida bem mais feliz e criativa.
    Sou muito grata por tudo que aprendi nos seus 3 livros, que leio e releio muitas vezes e por estes textos do blog.
    Acompanho desde sempre. Obrigado.

  2. Lanna disse:

    Este artigo veio me alertar. A fé no que eu sinto e penso é de fato bem pequena. Me validar mais penso ser o passo que está falho para eu alcançar clareza e motivação na caminhada de sobrevivente.
    Obrigada Michele pelos artigos objetivos e pontuais.
    Sabedoria eterna prossiga fazendo presença em sua vida em nossa vida. Abraço

  3. Srimati Devi Dasi disse:

    Srimati Devi Dasi
    Por favor validar próprias emoções e pensamentos pode significar conectar seu próprio eu com Deus?
    Obrigada

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