Latest Posts

O que fazer para ser feliz (mesmo vindo de uma família tóxica)

Qual é a importância da felicidade na sua vida? Você a considera quando toma decisões importantes ou tende a esquecê-la, pois se sente sobrecarregado com tanto caos e drama familiar? Se provém de uma família tóxica e é/foi vítima de abuso emocional, é comum apresentar uma tendência de negligenciar a própria felicidade para garantir um senso de (falsa) harmonia com os pais e irmãos, como quando se sente culpado por ter vontades, emoções e opiniões próprias e as sacrifica para não os aborrecer, ser rejeitado e, consequentemente, alienado do grupo, por exemplo. Naturalmente, revela-se como um desafio concentrar-se no que o faz feliz quando a atenção é constantemente divergida para os desentendimentos e a insegurança que causam.

O que fazer para ser feliz (mesmo vindo de uma família tóxica)
Qual é o caminho para a felicidade?

Em Happiness by Design, o professor de ciência do comportamento da London School of Economics Paul Dolan propõe que, para vivermos uma vida feliz, precisamos direcionar a atenção para o que nos faz felizes e não para o que achamos que deva nos fazer felizes. As pesquisas de Dolan expuseram a grande diferença na perspectiva dos dois tipos de “eu”, the experiencing self (o eu que vivencia) e the remembering self (o eu que lembra) e como a nossa confiança no segundo não favorece a nossa felicidade. O autor conclui que, para sermos felizes, precisamos conectar com as experiências no momento em que ocorrem para estabelecermos se nos afetam de forma positiva ou negativa, já que a informação proveniente destas é muito mais acurada do que a das lembranças que criamos.

Portanto, os filhos e filhas de mães narcisistas/abusivas/tóxicas que valorizam a felicidade e querem vivenciá-la na prática precisam atentar para o seguinte:

  • Seja cauteloso ao que dá atenção e com o tempo dispensado. Opte por dedicar-se a atividades e pessoas que o fazem – de fato – sentir-se bem, ou seja, leve, alegre, curioso, energético e animado, enquanto reduz a frequência ou corta o contato com aquelas que produzem o efeito oposto.
  • Não confie em versões de fatos que minimizam o efeito negativo que certas pessoas e circunstâncias provoca em você.
  • Honre o corpo de forma honesta e autêntica seguindo os valores que o favorecem, da cabeça aos pés, tolerando o desconforto que isso causa como um investimento na felicidade a longo prazo.

Embora a pressão cultural de negligenciar a própria felicidade para concentrar-se nas vontades dos pais seja defendida como correta, isso causa infelicidade a muitos. Contudo, é possível desvencilhar-se desta mentalidade medíocre e viver uma vida repleta de felicidade. Se precisa de ajuda para reavaliar os valores que o fazem se sentir preso aos relacionamentos disfuncionais, recomendo a leitura do meu novo livro, Desconstruindo a Família Disfuncional. O Prisioneiras do Espelho, Um Guia de Liberdade Pessoal para Filhas de Mães Narcisistas contém dicas práticas de como colocar-se em primeiro lugar, como através do corte de contato com a mãe narcisista/tóxica/abusiva.  

Referência:

Dolan, P. (2014). Happiness by design: change what you do, not how you think.
New York, New York: Hudson Street Press.

3 comments

  1. Flávia Rugiadini disse:

    Querida Michele,
    Agradeço, agradeço, e agradecerei sempre à quem me tirou da cegueira definitivamente, principalmente através da sua obra Prisioneiras do Espelho.
    Deus te abençoe por este trabalho iluminado.
    Abraço forte,
    Flávia

  2. Lanna disse:

    Michele sempre os seus artigos me puxam de volta para a realidade. Sou grata pelas graças que me vieram através de você. Ainda não consegui a leveza necessária. Somos oito irmãos e só eu despertei para a presença do transtorno de personalidade narcisista em minha mãe. Desafio grande demais. Gostaria de participar do grupo de ajuda. Meu abraço

  3. Larissa disse:

    não sei por onde começar, apanhei muito e vi coisas muito erradas, fui a “escolhida” de 3 irmãos obrigada não estou só

Deixe um comentário

Scroll to top